domingo, 29 de maio de 2011

HISTÓRIA DA FESTA JUNINA E TRADIÇÕES.




            Origem da festa junina, história, tradições, festejos, comidas típicas, quermesses, dança da quadrilha, casamento matuto, passeio de carroças, fogueira, influência francesa, portuguesa, espanhola e chinesa, as festas no Nordeste, dia de Santo Antônio 13/06, São João 24/06 e São Pedro 29/06, as simpatias de casamento e crendices populares, músicas típicas da época, os balões.

Origem da Festa Junina.

Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.
De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).

Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.

Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.


Festas Juninas no Nordeste.

Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.

Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas.




Comidas típicas.

Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido, canjica, cuzcuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos.

Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.

Tradições.

As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.

No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.

Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.

Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.




Fogueiras de São João.

De origem europeia, as fogueiras joaninas fazem parte da antiga tradição pagã, de celebrar o solstício de Verão. A fogueira do dia de 24 de Junho, tornou-se pouco a pouco na Idade Média, um atributo da festa de São João, o santo celebrado nesse mesmo dia. Ainda hoje, a fogueira de São João é o traço comum que une todas as festas de São João europeias.

Uma lenda católica, cristianizando a fogueira pagã estival, afirma que o antigo costume de acender fogueiras no começo do Verão Europeu, tinha as suas raízes num acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Esta teria de fazer uma fogueira no cimo do monte, para avisar que estava prestes a nascer o seu filho ( João Batista); assim Maria iria em seu auxílio.


Origem da Quadrilha.

Conhecida também como dança caipira, a quadrilha é dançada em todo o país. Tem suas raízes em um bailado palaciano praticado nas cortes européias desde o início do século XIX. Chamado na Inglaterra de country dance, chegou até a França e Portugal e, dali, ao Brasil. Apesar de ter modificado-se bastante no decorrer do tempo, sua essência permanece.

De origem francesa, a quadrilha era dançada, na Europa, por várias dezenas de pares. No tempo do Império, em nosso país, era executada nos grandes bailes realizados na corte. Com o tempo, tornou-se uma dança folclórica. O comando é dado com palavras afrancesadas como "balancê" (balancer) e "otrefoá" (autrefois). Ela é um pontos altos da festa provocando risos e brincadeiras. Na época das festas juninas, uma das diversões mais tradicionais é a quadrilha. Mas nem sempre foi assim.
A quadrilha não era uma dança de São João, mas teve origem nobre nos salões reais e acabou popularizando-se de tal maneira, que acabou nos terreiros. Em qualquer país europeu no início do século XIX, principalmente na França, era a quadrilha que abria os bailes da aristocracia, e no Brasil, na época da regência, ela fez o maior sucesso ao ser introduzida por maestros franceses. Era tanta a preferência por esse tipo de música e dança que, em 1852, foram dançadas nada menos que 20 quadrilhas.



Os trajes típicos também sofreram a influência das roupas usadas pelos camponeses brasileiros. O tipo de música tocado nas festas - quadrilha e forró - assim como os instrumentos utilizados - sanfona, zabumba, triângulo etc - são da mesma forma contribuições da cultura brasileira às festas de origem européia. Com o crescimento das cidades, a quadrilha passou a ficar restrita ao campo ou aos bairros mais distantes. Entretanto, por causa de sua grande aceitação popular e coreografia, a quadrilha acabou fazendo parte também do universo cultural urbano, só que de maneira diferente. A quadrilha que conhecemos na cidade é mais um "casório na roça", uma encenação bem humorada em que as pessoas imitam os habitantes do campo, com seus costumes simples e vestimentas.


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O uso de balões.

O uso de balões e fogos de artifício durante o São João no Brasil, está relacionado com o tradicional uso da fogueira junina e seus efeitos visuais. Este costume foi trazido pelos portugueses para o Brasil, e ele se mantém em ambos lados do Atlântico, sendo que é na cidade do Porto, em Portugal, onde mais se evidência. Fogos de artifício manuseados por pessoas privadas e espetáculos pirotécnicos organizados por associações ou municipalidades tornaram-se uma parte essencial da festa no Nordeste, em outras partes do Brasil e em Portugal. Os fogos de artifício, segundo a tradição popular, servem para despertar São João Batista. Em Portugal, pequenos papéis são atados no balão com desejos e pedidos.

Os balões serviam para avisar que a festa iria começar; eram soltos de cinco a sete balões para se identificar o início da festança. Os balões, no entanto, constituem atualmente uma prática proibida por lei em muitos locais, devido ao risco de incêndio.

Durante todo o mês de junho é comum, principalmente entre as crianças, soltar bombas, conhecidas por nomes como traque, chilene, cordão, cabeção-de-negro, cartucho, treme-terra, rojão, buscapé, cobrinha, espadas-de-fogo.





Família "Antonio Carlos".




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